O exame de Emissões Otoacústicas Evocadas (EOA), mais conhecido como Teste da Orelhinha, é um dos diversos exames para avaliar a integridade da função auditiva do bebê.
A sua realização é obrigatória em todas as maternidades e hospitais públicos e privados do Brasil pela Lei 12.303/10.
O teste verifica se parte da orelha interna (cóclea) está funcionando bem.
É realizado em todos os bebês, pois metade dos casos de surdez não têm causa aparente ou fator de risco que os justifique, havendo a possibilidade de causa genética.
Como é realizado o Teste da Orelhinha?
Para a sua realização, é utilizado equipamento digital que gera estímulos sonoros e mostra como o ouvido reage a eles. Ele é rápido, indolor e não tem contraindicação, sendo realizado com a criança dormindo. O resultado sai na hora.
Se o seu filho não passou pelo teste logo após o nascimento (os profissionais devem orientar os pais obrigatoriamente), deverá realizá-lo em até, no máximo, no máximo, 28 dias de vida. A realização após esse período, porém, é mais difícil, pois o bebê diminui suas horas de sono e aumenta sua atividade motora.
O Teste da Orelhinha é o primeiro sinal de alerta para que o bebe seja acompanhado mais de perto e é o mais eficaz como teste de triagem para que uma suposta perda auditiva seja identificada.
Possibilidades de alteração no Teste da Orelhinha *
Fatores de risco para a perda auditiva em recém-nascidos:
- Bebês prematuros;
- Apagar inferior a 5 no 1º minuto ou inferior a 6 no 5º minuto;
- Peso igual ou menor a 1500 gramas;
- Hiperbilirrubinemia;
- Permanência de 5 dias ou mais na UTI com respiração artificial;
- Uso de antibióticos ototóxicos;
- Casos de perda auditiva na família – na infância ou ao nascer;
- Consanguinidade;
- Se mãe teve alguma infecção durante a gestação como toxoplasmose, herpes, sífilis, rubéola ou HIV e que podem ser transferidas ao bebê;
- Infecções virais ou bacterianas adquiridas após o parto: meningite, sarampo, varicela, herpes, citomegalovírus;
- Traumatismos cranianos;
- Algumas síndromes que afetam diretamente a audição como Waardenburg, Alport, Pendred;
- Má formação da cabeça e na face que envolvem orelha e osso temporal.
Importante: Ao falhar no teste da orelhinha, o bebê não necessariamente terá uma perda auditiva. Isso será comprovado por meio de outros testes. Há, inclusive, casos de “falsos positivos”, o que significa que em um primeiro momento o resultado do teste é negativo, mas por outras razões que não são a perda auditiva.
Quanto custa?
Todos os hospitais e maternidades são obrigados por lei a oferecer o Teste da Orelhinha. Em entidades públicas, o teste é gratuito e há também a possibilidade de ser feito em entidades privadas.
O teste da orelhinha pode ser feito em clínicas particulares em qualquer idade da criança?
Sim! O teste da orelhinha pode ser usado de duas maneiras: como um exame de triagem para recém-nascidos sem fator de risco para a deficiência auditiva e como diagnóstico para os bebês que se incluem em uma das variáveis de risco acima. Pode ser feito também por crianças e adultos que precisam do exame para complementar um diagnóstico.